25/02/11

Nova carroça!

Depois de diversos incidentes, estamos prestes a fazer uma substituíção na cenografia de "Bzzzoira moira", a verdade é que é deveras complexo usar uma cenografia tendo como ponto de partida um objecto velho ou usado quando passado algum tempo nos apercebemos que este não oferece resistência e segurança para a continuidade da produção.
Apesar de diversos incidentes que nos atraasaram a carroça a mesma está quase pronta a subir ao palco....
A construção esteve a cargo do mestre enVide neFelibata


21/02/11

Abertas inscrições!

Esponja - Construção de Marionetas


Sede da Junta de Freguesia de Antas-Esposende

05 Mar' 11 » 10.00~13.00

05 Mar' 11 » 14.30~18.30

12 Mar' 11 » 10.00~13.00

12 Mar' 11 » 14.30~18.30

valor: 40€

inscrições: 938 940 122

limite: 20 inscrições

20/02/11

O actor manipulador na Cena Dramática

A questão da versatilidade de um actor em cena, é mais ou menos consensual, no sentido em que a formação nos impulsiona a uma percepção da verdadeira necessidade em que um actor deverá também bailarino, ou pelo menos ter o seu corpo disponível, saber usar a voz não só para a palavra mas também para o canto assim como rodear-se de mecanismos que o apoiem para uma mais controlada interpretação.


Ora e o actor manipulador? E quando à cena se alia a marioneta.

Assim como a dança, o treino físico e a preparação vocal exigem tempo de preparação, como podemos acreditar no controle sobre a marioneta se não for exigido a mesma preparação.



Se não há informação tenderá a imperar o senso comum e mesmo dita-nos um conjunto de clichés básicos e primitivos que em relação à interpretação e ao movimento em cena não são levados de forma tão leviana.



Esta é uma chamada de atenção, a marioneta é um meio de comunicação que temos de aprender a usar para que esta transmita o que se pretende.



Neste jogo teatral onde o público que assiste a um espectáculo recebe um conjunto de regras às quais tem de obedecer o manipulador. Se vestido de negro tentando não ser nada, anular-se perante o objecto que manipula pode ser um risco muito forte, pois a sua presença física é forte e constantemente o espectador tentará anula-lo, talvez sem nunca o conseguir a verdade é que se não se pretende anular a sua presença tem de ter significado, para si para a sua relação com a marioneta e para a sua relação com o espectador.







A minha discussão centra-se, prende-se com esta conciliação do manipulador/actor dentro da estrutura do espectáculo, uma personagem, presente. Já tinha abordado esta questão quando a formação com Neville Tranter pois é uma das premissas do stuffed puppets que o manipulador é um actor que em cena é submisso à marioneta, ou seja, perante a sua presença, ele coloca-se em segundo plano, tendo a mestria de ganhar uma nova dinâmica sem a presença das mesma, neste sentido ganhamos uma personagem com densidade, com duas facetas distintas em relação ás marionetas que manipula, mas será esse o caminho.



Este é um aspecto fundamental que não é muitas vezes tomado em conta mas que em meu ver deveria ser o ponto de partida para com qualquer criação que envolva marionetistas e marionetas.