Um texto por eles escrito após a passagem do espectáculo "Bzzzoira Moira" pelas escolas.
“Bzzzoira Moira”
O dia 23 de Novembro estava espectacular para assistir a uma peça de teatro na nossa escola. Qual o espanto de todos os alunos, quando se depararam com uma sala e uma única personagem. À sua volta havia marionetas, caixotes de madeira e uma carroça velha. A personagem era uma mulher toda vestida de preto. Personagem!? Não! Afinal era ela quem dava vida às marionetas, era ela quem colocava os bonecos a falar e comandava toda a história!
E sabem que mais? Ela transformou as caixotas em casas estranhas e a carroça tinha um poço, UM POÇO NEGRO!
Era nesse poço que caíam pepitas de ouro dos longos cabelos negros de uma Moura quando se penteava. Isto só acontecia de noite. De dia, a Moura transformava-se num animal para proteger o poço de uma criatura muuiiiiito estranha! Era um bicho horroroso! Era muito feio e a sua voz arrepiáva-nos. Vestia uma capa roxa e a sua boca em forma de bico largava palavras gananciosas:
«Ouro! Ouro! Ouro! Este é o meu tesouro!»
Nesta história, havia também um Aguadeiro que ia ao poço encher baldes de água. Ele não acreditava nos rumores que corriam sobre a existência da criatura e da Moura encantada. Mas, sempre que ia lá buscar água, adormecia! A Moura, ao vê-lo, suspirava de amor e ao querer ajudá-lo, levava-lhe os baldes, mas não os chegava a entregar com água para que ele regressasse no dia seguinte. A Moura estava apaixonada…
Durante três dias, o Aguadeiro foi atacado por animais ferozes: uma serpente, um touro e um cão. Quando derrotou o cão, o último animal com que se confrontou, este transformou-se em Moura. Ao ver o desencanto, as suas lágrimas caíram sobre ela. A Moura acordou. Tinha-se quebrado o feitiço.
«E eles viveram felizes para sempre.»
Quanto à medonha criatura, foi atirada para o poço e ficou lá fechada para toda a vida.
Escola Básica da Mó
Texto colectivo dos alunos do 4º ano Novembro 2010